Avós que ajudam a cuidar dos netos vivem mais.

Eu fui uma pessoa muito abençoada, pois tive duas avós e um avô por toda a minha infância, tive amor, carinho e muitos cuidados . Meus avos maternos já faleceram, mas muito contribuíram.

Ter avós é uma benção e uma dádiva muito grande, acredito que o benefício seja mútuo e recíproco. Avós que cuidam dos netos tem uma vida mais saudável e netos que cuidam dos seus avós também se tornam pessoas melhores. Aprendem a amar, cuidar, dividir, ouvir, entender e compreender. Normalmente avós que cuidam também recebem cuidados. Mas vamos combinar, é gratificante cuidar de quem amamos, não estou dizendo que é fácil, mas amor gera amor. É cíclico!

Seu filho pode ajudar em casa! Veja como isso é possível.

Agora a minha avó paterna, esta bateu o record. Ajudou a cuidar de todos os netos que ela teve, cuidou de bisnetos e ainda está aí pra contar história. Com tanta disposição e energia que comemorou o aniversário de 76 anos com um noivado! E já está indo para o seu 7º casamento. De acordo com pesquisas recentes isso pode estar contribuindo para aumentar a expectativa de vida.

Esta é a minha avó, ao lado dos netos, em seu sexto casamento!

Segue uma matéria da SuperInteressante que descreve o estudo realizado.

Participar da vida dos netos leva a um risco de mortalidade 37% menor – e mesmo quem não tem filhos pode viver um pouco mais cuidando dos outros

Os pesquisadores analisaram a vida de 500 pessoas, entre 70 e 103 anos de idade, que foram acompanhadas pelo Estudo de Envelhecimento de Berlin ao longe de 19 anos.A pesquisa analisou, em primeiro lugar, qual era a diferença na taxa de mortalidade entre os avós que ajudavam a cuidar dos netos, participando da educação deles, e dos avós que não tinham netos ou não conviviam com eles.(O estudo não considerou avós que têm a custódia das crianças e são os principais responsáveis por elas – a ideia era focar na figura dos avós como figuras de suporte das pais das crianças.)Os resultados mostraram que conviver com netos e cuidar deles reduzia em 37% o risco de mortalidade. Metade do grupo dos avós presentes viveu por dez anos depois do início da pesquisa. No grupo oposto, 50% deles só chegou a sobreviver mais 5 anos.Entre os idosos que não tinham netos, os cientistas fizeram uma segunda análise. Dessa vez, dividiram os velhinhos entre aqueles que ajudavam os filhos – seja com suporte emocional, seja nas tarefas de casa – e aqueles que não tinham esse hábito (ou não tinham filhos). Novamente, viram uma média de sobrevida 5 anos maior do que entre os idosos que não mantinham esse laço.Mas se a pessoa não tem filhos ou netos, está destinada a morrer mais cedo? Os pesquisadores não acham que é bem assim. Na terceira etapa do estudo, se dedicaram exclusivamente a esse grupo de idosos – e perceberam que muitos deles se propunham a ajudar e apoiar amigos e vizinhos, criando um outro tipo de comunidade.Nesse caso, a sobrevida média foi de sete anos, em contraste com 4 anos entre os idosos que não mantinham essa relação colaborativa com os filhos.Os pesquisadores acreditam que conviver com a família – e ter responsabilidades dentro dela – ajuda os idosos física e psicologicamente, mas a teoria vai muito além disso.Eles também acham que o estudo sustenta uma teoria evolutiva chamada Hipótese da Vovó.

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Essa teoria tenta explicar porque os seres humanos vivem tanto tempo depois da sua fase fértil acabar. Isso não é muito comum na natureza porque, evolutivamente falando, nossa função é a reprodução e a manutenção da espécie.

Os avós que ajudam a cuidar dos filhos mudam esse paradigma: uma mãe menos ocupada com um bebê pode voltar a “curtir” – e se reproduzir – mais rápido e gerando uma prole ainda maior.

A hipótese da vovó dá sentido evolutivo às senhorinhas que tanto amamos e, de quebra, ajuda a explicar porque os seres humanos são monogâmicos.

Por Ana Carolina Leonardi, da Superinteressante

Estes são os meus avós maternos, que nos deram amor e carinho enquanto vida tiveram.

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